Para
Sofia o tempo parou. Várias hipóteses passaram-lhe pela cabeça
naqueles segundos em que esperava por uma resposta do outro lado da
porta. Talvez Pedro nem tivesse em casa, talvez nem abrisse a porta,
talvez fosse Matilde a abri-la e se assim fosse, não saberia como
reagir. Pedro
abriu a porta e os olhares cruzaram-se, pela primeira vez desde que
houvera o momento de conflito entre ele e Filipe e nenhum deles se
mexeu, parecia nada ter mudado naquele ano.
-Se
é para pedires desculpa, podes voltar rapidamente para junto do
Filipe. -
Pedro contradizia-se, com os olhos demonstrava amá-la e com palavras
demonstrava um enorme desprezo.
-Posso
entrar? -
Sofia queria pedir-lhe desculpa e ter a oportunidade de falar com ele
mas não queria partilhá-lo com todos os moradores dos prédios.
-Entra.
-
Desviou-se da porta e Sofia entrou e fechou-a, seguiu-o até à sala
e sentou-se num sofá enquanto Pedro sentou-se de frente para ela,
mas no chão. -
Não precisas de me explicar nada Sofia, não me deves satisfações.
Nós não somos nada.
-Como
é que és capaz de dizer uma coisa dessas?
-É
a realidade! -
Respondeu sem erguer o tom de voz, com uma calma arrepiante.
Levantou-se e dirigiu-se a ela. -
Sabes o que sofri por te perder, o que sofri quando me abandonaste?
Tu não imaginas! -
Os olhos deles transmitiam um sentimento que ela não conseguia
traduzir, ela pensava que o conhecia como ninguém mas iludira-se.
Tirou a mão do bolso e ergueu a carta já amachucada. -
A tua carta foi o que mais me doeu! -
Disse com as lágrimas nos olhos. -
Sabes o que senti quando percebi que o Filipe te andava a comer? E
que tiveste um filho meu e te limitaste a matá-lo, como queres que
reaja? Depois de tudo o que vivemos, tu limitaste-te a enganar-me a
dizer que me amavas quando nunca chegaste a saber o que era isso!
-Fodasse
Pedro, eu amo-te! -
De repente Pedro olhou para ela e o seu olhar mudou. -
Eu também te desejo. -
Respondeu.
Pedro
percorreu o caminho até Sofia com o desejo marcado no seu olhar e
assim que estava à distância suficiente beijou-a com toda uma série
de sentimentos que os unia, ela cruzou as pernas no seu tronco e
entre momentos encostou-a à parede.
-Pedro.
- Disse
entre beijos. -
E a Matilde?
-Neste
momento não quero saber dela, nem do Filipe. -
Voltou a beijar Sofia e ela não hesitou, iria sentir remorsos mais
tarde mas naquele momento queria apenas desfrutar do momento. Era
errado, ambos sabiam mas nunca o errado soubera tão bem.
As
mãos de Pedro começaram a tocar na pele de Sofia, e a querer
explorar todos os detalhes daquele corpo que tão bem conhecia mas
que se modificara no último ano, não a queria apenas porque a
desejava, era muito mais que isso. Queria voltar a sentir o corpo
dela, o seu perfume, queria tocar-lhe e sentir-se amado, queria ser
dela e ela seu, nem que fosse uma ilusão, mas queria que fossem um
só, nem que fosse por minutos. Caminharam
entre beijos e carícias até ao quarto, onde Pedro pousou-a na cama
e deitou-se sobre ela, desapertou-lhe o soutien e ele começou a
beijar-lhe nos seus pontos fracos, onde sabia que ela não conseguia
resistir, onde ela gostava de ser beijada e ele tão bem os conhecia.
Emocionalmente e fisicamente podiam ter mudado durante aquele último
ano mas havia certas características que nunca mudariam e o
sentimento parecia não ter mudado. Pedro tirou do corpo da Sofia a
última peça de roupa e Sofia ia tirar a sua mas lembrara-se.
-E
o preservativo? -
Pedro não parou de a beijar e continuou com a investida.
-Esquece!
-
Suplicou Pedro e tomou os seus lábios e ele próprio tirou a última
peça de roupa que tinha no corpo e começou a invadir o corpo de
Sofia. Não era apenas sexo, aquilo era amor e cada momento era
mágico, ambos sabiam que não era o mais correto mas era o que
precisavam e mais tarde haveriam de lidar com o arrependimento.Cada
energia que possuíam foi gasta naqueles momentos de prazer, foram
dados beijos, beijos apaixonados, beijos de saudades, beijos de amor,
de carícia e carinho, foram trocados mimos como não trocavam há
demasiado tempo. Aquele momento parecia o culminar de todo aquele
ano, de todos os sentimentos bons e maus, era um momento único e
apenas deles. Cada um deles sentiu prazer como nunca havia sentido na
vida e gritaram, gemeram e aproveitaram aquele momento como se fosse
o último e como se fosse daquilo que dependesse a vida de ambos.
Gritaram, afinal como poderiam não dizer o nome da pessoa de quem
mais gostavam? Nada mais importava, apenas queriam aproveitar aquele
momento de prazer, nunca se lembraram de Filipe ou Matilde.
Passado
cerca de uma hora, Sofia despertou e sentiu a cama fria e vazia,
sentou-se na esperança de saber onde estava Pedro e pode observá-lo
a vestir as calças, observando o seu tronco ainda despido, conhecia
aquele corpo e acabara de ser seu, conhecia todas as particularidades
do seu corpo e amava cada uma delas. Sofia começou a pensar nas
palavras certas para pronunciar, mas foi interrompida.
-A
tua roupa está na casa de banho, podes tomar banho mas despacha-te
que o Raphael deve chegar daqui a pouco tempo.
Nada
mais magoara Sofia, sentia-se usada. Sentia-se verdadeiramente uma
prostituta, tinha ido até ali só para lhe dar um momento de prazer
depois fingiram que nada se havia passado, era verdade que tudo
começara por causa dela. Tinha sido ela a deslocar-se até ali e
tinha sido a autora da frase “eu também te desejo”, não
esperava que tudo ficasse bem e que tudo fosse apagado e esquecido
mas não esperava... O que sucedera. Tomou
um banho rápido, vestiu-se e encaminhou-se até à porta da entrada,
Pedro seguiu-a e já na porta ia dizer o quanto havia sentido a sua
falta e o quanto o amava e que nunca o tinha esquecido, mas ele
limitou-se a fechar a porta e sem dizer mais uma palavra. Sofia ficou
estática, em frente à porta, talvez à espera que ele a reabrisse
mas ele não o iria fazer e ela sabia disso, por isso acabou por sair
em direção a rumo incerto.
Tinha
combinado com Filipe encontrarem-se à porta da sua escola, por volta
da hora da saída, não tinha sido apenas ele a contar-lhe uma
mentira, ela também dissera que iria para a escola mas não o fez e
ele limitou-se a cancelar. Não lhe telefonou a justificar-se, mandou
apenas uma mensagem a cancelar, será que os rapazes com quem se
envolvera gostavam de a magoar? Não queria telefonar a Diogo, ele
ficaria terrivelmente magoado e até a podia perdoar, mas iria
afastá-lo ainda mais de Pedro, Rita estava ocupada a tratar da
inscrição na sua faculdade, não tinha a quem recorrer, não tinha
um amigo a quem pudesse confiar, sentia-se sozinha como se havia
sentido naquele último ano em Espinho. Podia sempre ligar ao pai,
mas ele iria preocupar-se desnecessariamente e o mais certo seria
avisarem o seu irmão e eles viajarem até ao Seixal no próprio dia
só para a animarem, mas mesmo assim decidiu correr o risco.
-Olá meu anjo! -
Disse o pai depois de dois toques no telemóvel.
-Olá meu amor! -
Respondeu tentando fingir que estava feliz ou pelo menos... Bem, mas
na verdade ela não sabia bem como me sentia, era um misto de
sentimentos contraditórios no seu coração, quem diria que seria
tão difícil descodificar sentimentos?
-Que se passou? Sabes que sou uma besta e não mereço nada, mas
amo-te acima de tudo e tudo o que faço é para te proteger. -
Com estas palavras Sofia teve a certeza que não deveria contar nada
ao pai, ele nunca iria perdoar Pedro e iria repudiar Filipe.
-Não és uma besta nada, tomaste más decisões, todos nós cometemos
mas é apenas, uma dádiva de alguns, arrependerem-se, como tu
disseste, amas-me e apenas fizeste o que fizeste com a intenção de
me proteger! Eu nunca deveria ter dito que te odeio e disse e estou
arrependida e se pudesse voltava atrás.
-Se há coisa que me orgulho é de ti e do teu irmão, foram o melhor
trabalho que eu fiz! Tu és uma mulher extraordinária, ainda nem os
18 anos tens e já tens uma maturidade impressionante, tu
perdoaste-me logo que te pedi desculpa e isso arrepiou-me.
-E por ter uma família tão boa que sou como sou, pai! -
Sofia sorriu. -
O Diogo já te disse que alugou uma casinha para nós?
-Sim, já me mandou fotografias e tudo, mas vê lá se o convences a
aceitar o dinheiro das tuas despesas, aquele rapaz é teimoso!
-Eu
falo com a Rita de certeza que ela lhe sabe dar a volta!
-Quem
e é a Rita? O que me está a escapar?
-
Ups.. Parece que falei demais.
-Estou a brincar, o teu irmão está apaixonado, com a quantidade de
vezes que o teu irmão me falou dela, já a conheço tão bem como
qualquer um de vocês! Ela gosta muito dele, Sofia?
-A Rita abdicou da faculdade no Porto e da vida que ai tinha para
estar mais próxima do Diogo, acho que isso diz tudo!
-Ela tem o nome daquela rapariga com quem não te davas o ano
passado...
-Ela é essa rapariga, pai.
-Tu vives com essa rapariga? Tu vives com a Rita?
-Sim, ela pediu-me desculpa e está arrependida, agora até somos
amigas.
-Porque não consegues parar de me surpreender?
-A culpa é da família! -
Riram-se.
-Tenho dois pedidos para te fazer. -
Fez uma curta pausa. -
A primeira é que te queria sugerir a vires passar o fim de semana
aqui com os teus pais.
-Vou pensar nisso, mal decida dou-te uma resposta!
-Ótimo! Eu e a tua mãe estamos a morrer de saudades, e o teu irmão
tem jogo no sábado vinha no domingo e estávamos todos juntos mais
uma vez. - Rita sorriu, queria estar com a família, queria sentir o espírito
familiar que não sentia desde que estivera internada no hospital. -
E
queria saber a tua morada, não é para uma surpresa ai, simplesmente
tenho uma coisa que te pertence.
-O quê pai?
-O Pedro mandou-te uma carta poucas semanas depois de saíres dai e eu
nunca ta dei, acho que tens direito a lê-la, e não a abri nem a
irei ler, quero que a recebas e a leias.
-Vou mandar-te por mensagem.
-Está bem filhota, amo-te!
-Também te amo pai!
-Fico à espera da tua resposta quanto à viagem e à carta.
-Sim, senhor! Beijos
-Beijos.
Desligaram
a chamada e Rita tratou de enviar a mensagem ao pai com a sua morada
e deparou-se com outra mensagem, desta vez de Matilde. Será que
Pedro lhe havia contado do que se passara entre ambos? Não podia,
Pedro havia-a traído sim. mas não a iria magoar contando naqueles
curtos minutos de intervalo o que se havia passado, e Sofia não
sabia se havia de dizer a alguém o que se havia passado ou se
deveria ficar calada, talvez devesse manter segredo, era o melhor
assim era a única magoada com ele.
"Olá
princesa! Está tudo bem? Estou preocupada contigo, não foste as
aulas e não me avisaste. Sabes que podes contar comigo linda!
Beijinhos Matilde Varela :) "
Sofia
não sabia o que responder, Matilde estava direta e indiretamente
ligada a todos os seus problemas, havia sido extremamente querida e
simpática, mas se ela não tivesse chegado à vida de Pedro,
reconquistá-lo não seria tão difícil.
"Olá
linda! Infelizmente não está... Criei conflitos e tentei
resolvê-los hoje mas acho que piorei a situação :/ "
Sofia
não tardou em responder.
"Tens
planos para o almoço e para a tarde? Não vou estar com o Pedro e
pudemos aproveitar para nos conhecermos melhor e desabafares!
Aproveito e ensino-te o que demos hoje na aula"
Acabaram
por encontrarem-se e Sofia sentia necessidade de falar mas não
conseguia fazê-lo com Matilde. Como haveria de lhe dizer que estava
assim por causa do seu namorado? Que ela havia sido traída por sua
causa? Matilde
acabou por respeitar o espaço de Sofia e depois do almoço foi
embora. Que aproveitou para ir até à praia que havia servido como
palco para tantos momentos marcantes na sua vida. Tinha sido no mar
que se havia tentado suicidar, tinha sido no areal que tinha vivido
momentos íntimos com Filipe, numa das primeiras vezes, e tinha sido
exatamente naquela praia que começara a namorar com Pedro. Sentou-se
no areal e tirou da sua mala um papel e uma caneta, e ia começar a
escrever sobre aquele dia, mas Pedro sentou-se ao seu lado e
desistiu. O silêncio apoderara-se dele, mas o ambiente estava calmo.
Não pareciam dois ex-namorados, nem duas pessoas que haviam tido
momentos loucos e prazerosos de amor, estranhamente pareciam dois...
Amigos. Observavam o mar lado a lado e ela perguntava-se se o amor
falava com eles, afinal também ele estava calmo.
-Porque
te envolveste com o Filipe?
Sofia
não sabia o que responder, não havia resposta certa nem errada, não
haveria apenas uma justificação que surgisse na sua mente a pensar
nisso, por isso optou por deixar que o silêncio fala-se por si.
-Por
favor Sofia, diz-me.
Sofia
respirou fundo, preparando-se para responder.
-Sei
que não é desculpa mas estava carente, deixei-me levar. - Pedro
nada respondeu, doía-lhe conversar sobre o seu passado. Não o
conseguiria fazer sem chorar, ela limitara-se a abandoná-lo e a
trai-lo com um grande amigo seu, tinha morto um bebé e tinha-lhe
dito tudo isto... Numa carta. Sofia sempre dissera que o amara, e ele
acreditara sempre que estiveram juntos, mas desde que se ela o
deixara, começara a duvidar.
-Eu
amo-te Pedro.
-Eu
também te amava, mas a dor que me deixaste é maior que o amor que
sentia por ti.
Pedro
levantou-se e deu um beijo na testa de Sofia e foi-se embora. Aquele
momento era estranho e nenhum deles sabia o que sentir e o que
pensar. Ele sentia-se feliz porque além de si, Sofia apenas se havia
envolvido com Filipe e havia sido recentemente, ela continuava a
amá-lo, isso fazia-o estranhamente sorrir... Tinha traído Matilde
mas fizera amor com Sofia, de uma forma louca, apaixonada e com total
entrega.
Para
Sofia a situação era estranha e diferente. Vivera momentos
inesquecíveis com Pedro, sentira-se amada como nunca se havia
sentido desde que o abandonara, mas também se sentira desprezada,
ela sentira-se usada quando acabaram de o fazer. Sentira-se enganar
Matilde, que havia sido sua amiga, tinha desperdiçado uma
oportunidade de esclarecer tudo com Pedro mas não conseguia
contar-lhe toda a verdade, não iria prejudicar o pai, mesmo que para
isso saísse ela lesada. E Filipe deixara-a sozinha, quando ela mais
precisara, sem uma única justificação. Apanhou
um autocarro e foi até casa, despiu-se e entrou no chuveiro, deixou
a água correr e aproveitou para fazer espuma. Precisava de um banho,
de mudar as suas ideias, ou clarificá-las. Tirou uma fotografia e
partilhou nas redes sociais:
“Não
há nada como um banho relaxante depois de um dia cansativo”
Sofia acabou por pousar o
telemóvel e desligar a música, não queria escutar nenhuma música,
queria apenas escutar a sua mente mas viu a porta da casa de banho
abrir-se e assustou-se.
-Diz
Rita.
Rita entrou para a casa
de banho e encostou a porta, sentou-se e observou-a.
-Como
não ouvi barulho e parecia que alguém se tinha esquecido da luz
ligada vim aqui dentro, nem dei por ti desculpa, mas vou-me já
embora. -
Ia a sair novamente da casa de banho quando se deparou com algo que a
fez voltar atrás. -
Que chupão é esse no teu pescoço? Sofia, é aquilo que estou a
pensar?
O que irá responder
Sofia?
Será que vai contar a
verdade? Porque terá Filipe desaparecido durante o dia?
Olá
ResponderEliminarAdorei ! A Sofia e o Pedro tem de se entender, eles tem de viver o amor deles, tem de tentar esquecer o passado que tanto os magoa ainda, mas o que mais importa continua ali, o amor que sentem um pelo outro, o Filipe é um querido, mas a Sofia tem é de tentar reconquistar o Pedro e faze-lo ver que merece uma oportunidade junto a ele.
Quero o próximo...
Beijinhos
Catarina
Como já te tinha dito, adorei...
ResponderEliminarQuero que publiques rapidamente mais
E que escrevas (e já agora me mandes) mais xD
Fico à espera
Beijinhos
Rita B
Wow!
ResponderEliminarAssim de repente não estava nada à espera. Eu tinha apostado que a Sofia ia encontrar a Matilde à porta ou que ia haver uma mega discussão entre o Pedro e a Sofia com acusações, gritos e lágrimas e afinal...sim, houve gritos mas mais de prazer.
Primeira vez que na fic vemos um verdadeiro momento Sofia-Pedro que nos mostram um bocadinho do que eles foram. Momento esse desprovido de preservativo ou seja espero uma gravidez ou pelo menos um atraso, que vai dar aso à questão "quem é o pai?".
Duvido que seja a única a fazer esta linha de raciocínio! XD
Mas no fim o Pedro traiu a Matilde e agora temos começo para uma grande reviravolta: a Matilde saber que foi traída e que foi traída com uma pessoa com a qual ela se preocupa.
E também quero saber do Filipe. Quero saber se a Sofia lhe vai contar o que fez com o Pedro e quero saber também o que é que o Filipe tem a dizer.
Resumindo: espero o próximo!
Beso
Ana Santos
Olá :)
ResponderEliminarConfesso que já o tinha lido, mas por falta de tempo ainda não o tinha comentado...sorry :/
Mas aqui estou eu ;)
Primeiro que tudo, amei e até que enfim que o casalinho se envolveu...mas acho que ainda vem aí um pequeno susto...ou é uma gravidez ou um pequeno atraso...sinceramente...quero um baby ;)
Agora estou curiosa pá saber o que irá dizer a Sofia. Espero que seja sincera e sobre o Filipe...espero que não tenha desaparecido por causa do casalinho :/
Bjs e quero o próximo :)